ROUSSEF E O NOVO CONTRATO SOCIAL. - CARLOS EDUARDO SAMPAIO
Antes tínhamos privatizações conquanto o Estado não poderia arcar com despesas de determinados setores, passando a promover um festival de privatizações, um tanto quanto, digamos, suspeitas. Hoje temos um Estado com economia estabilizada e com perspectivas de um bom índice de crescimento, embora abaixo da média dos países emergentes. Mas mesmo assim o governo atual está cedendo a uma prática indefensável por eles no passado. Com o argumento que faria encher de orgulho os mais veteranos de Wall Street; de que hoje, com uma economia forte e sem sobre-saltos, podemos realizar privatizações mais competitivas, sem precisar ‘passar o pires’ aceitando péssimos negócios por um preço inferior ao oferecido. É bem verdade que com esse ás na manga, o leilão proporcionou um pedágio bastante barato. Mas o Governo atual privatizou mais km em um único leilão do que todo o governo anterior. E quando forem mais algumas centenas? E quando os preços deixarem de competir para virarem monopólio? E outras privatizações virão por aí: acho bastante saudáveis as regras do jogo capitalista. Palavras da todo-poderosa Dilma Roussef.
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