ÀS 8, NO 7 – Levi d’Freitas
Chego ao topo, fatigado. Recompensado sou, pela visão ao meu redor do ponto acima de si mesmo. Ouço o vento que me bagunça o cabelo e me beija a face. Ao horizonte, vejo a cor do fim do dia, a aurora da saudade dos momentos que se vão. Sobre mim, apenas o céu e as estrelas. Até a lua fez o favor de não me seduzir por este instante.
Ao longe, sinais de um mundo que não pára, o brilho artificial da cidade
No parapeito, eu encosto meus sentidos. Escrevo linhas sem sequer enxergá-las. Minha caneta, tal qual carnívora, devora-me o caderno enquanto observo este chão tão esquecido, este lugar intrigante e soberbo, imponente e sedutor, famigerado em se fazer senhor de nós.
E assim, são 20 horas, no 7º andar da faculdade.
* (A Faculdade Sete de Setembro possui cinco andares ativos. Existem, contudo, dois andares construídos acima do andar de comunicação social (5º) que estão desativados. O "7º andar" é o esquecido e isolado térreo.)
4 comentários:
Comentário é algo relevante? Então tá...
Transformou um lugar "escondido" em conhecido ao mundo: escreveu-o! Merecida homenagem.
:)**
Bem, eu agora quero conhecer o sétimo andar... Gostei, Levi!!!
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